sábado, 20 de dezembro de 2014

Você é a balada que curte?




Estava em inicio de relacionamento com um cara que estava afim de namorar. Ele é muito interessante, é bonito fisicamente, tem um corpo musculoso (minha preferencia)  e as ideias batiam. E apesar de ser discreto  como eu sou não discrimina os gays afeminados.

Hoje estava a fim de velo, mas não queria ir para o motel e convidei para sair na noite. Durante a conversa no telefone rolou a fatídica pergunta “Você curte ir para onde?”, Essa pergunta é tão clichê no nosso meio e existem certos estigmas que cada lugar carrega. Vejam os exemplos dessas três baladas abaixo:

Danger Club: Gay pobre, podre, baixa renda,  gay pão com ovo

The Week: Gay que tenta ser rico,  gay drogado, gay que gosta de ostentar, gay rico.

Blue Space: Particularmente é a balada que mais gosto por ser um meio termo dessas duas que mencionei. Mas vejo muito preconceito com essa balada. Principalmente quem vai para a The Week.

Como já imaginava ele adora ir para The Week e junto com essa proposta veio o aviso de que lá ele iria usar “bala” (Ecstasy). Isso foi um balde de agua fria jogado em min. É inacreditável! Eu não tenho problemas com quem usa drogas, o problema é que estamos em um primeiro encontro, custa oferecer o melhor de si? Infelizmente eu desmarquei o encontro, vou sair sozinho hoje.

O meu sentimento é muito maior do que um preconceito bobo com “bala”, isso para min é a visão do superficial do mundo gay de sempre, e que estou tão cansado. Eu desejo me entregar e que alguém se entregue para min, sem se esconder atrás de qualquer ponto de fuga.

A beleza tentou me confundir novamente! Mas graças a Deus e ao meu bom terapeuta dessa vez eu consegui não viver mais no superficial.  Desejo muito encontrar um homem lindo, mas que seja simples e admire os momentos e as pessoas sem preconceitos.

Eu confesso que gosto de ir à The Week, mas me divirto muito na Danger Club com os gays que se jogam, que não tem medo de ser o que são. Gosto muito de ir à Blue Space e ver os shows incríveis que só lá existem, gosto de frequentar o meio gay como um todo e não segmentado.

Cada lugar é uma sensação diferente, todo ser humano pode pisar em qualquer lugar e saber que aquilo não é ele! Ir para um local considerado podre não lhe faz um gay podre, como ir à The Week não lhe torna um gay rico!


Bjão para todos e bom sábado! 

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