sábado, 27 de dezembro de 2014

Preciso Me encontrar (part I) - Liberdade nas ruas de São Paulo



Há um mês eu não estava muito bem, e existem dois modos que reajo à depressão. Ou eu me jogo na noite e faço coisas que não teria coragem de fazer se estivesse bem, ou eu fico recluso em casa. No caso era um sábado e resolvi me jogar.

Fui sozinho na Blue Space e impressionantemente nos dias que eu estou mal são os dias que mais recebo “cantadas”, mas nada adianta quando se está na pior rs... E depois de ver muitos gogo boys de sunga e aquele clima sexual eu fiquei com tesão e resolvi sair da boate e procurar sexo na rua. 

Poderia ter ir ido ao dark room, e liberado toda a minha tensão e vontade de fazer putaria, mas o orgulho e o medo de alguém me ver entrando naquele local me fez ficar “frio”.  Na Blue Space tem um dark room  grande, mas é muito perto da pista e infelizmente a hipocrisia do nosso meio me corrompe às vezes rs.  Enfim resolvi sair pelas ruas sozinho e ir atrás de sacanagem.

Eu adoro andar sozinho na madrugada, me sinto livre, posso ser eu mesmo. Nas ruas na madrugada não existem complexos, não existem dividas, não existem disputas, não existem competições, todo mundo procura alguma coisa. E os homens “heterossexuais” na noite estão mais livres de preconceitos e mesmo que você olhe ou jogue uma cantada à maioria não leva a mal. Já ganhei vários homens me fingindo estar bêbado e jogando uma cantada bem descarada na cara deles.

Tenho vários amigos que a “badala” deles é sair na rua somente para pegar os homens “heterossexuais” que estão por ae perdidos e afim de sacanagem. Na verdade existem gays que só se relacionam com esse tipo de homem, claro que nada vai muito além de sexo. Mas para eles a fantasia de pegar um homem de verdade fala mais alto.

Enfim, fui em direção a Praça da Republica, lá eu vi uma travesti encostada na parede chupando um homem, aparentemente uns 35 anos, moreno e com uma rola imensa. Aquilo me deu mais tesao, que vontade de largar mais os meus pudores e chutar aquela travesti e assumir o comando rs.


Na av Ipiranga eu avistei o local onde jurei que nunca mais iria entrar, mas estava prestes a quebrar  a promessa, era o Cine Republica. Um dos locais mais decadentes de putaria hoje em dia. Mas o desespero de terminar uma noite sem gozar estava me consumindo! 

De boa, eu acho que São Paulo já foi uma cidade onde as pessoas transam sabia. A cidade está muito careta, ninguém faz nada, só ficam nos olhares. Quando eu era adolescente e vinha dar uma volta no centro da cidade, somente era necessário “ir até a esquina” que se arrumava alguém para fuder. Era tudo muuuito mais fácil e quando não se achava existia os milhares de banheiros públicos que era mais badalados que qualquer sauna do momento hoje em dia.

Sei que saudosismo é uma droga, mas nessa fase de redes sociais, aplicativos para sexo e etc, tudo ficou fraco. É como se existisse varias lojas com as vitrines lotadas de produtos, mas nada está a venda. As pessoas somente querem aparecer, ninguém faz ninguém. Acredito que seja por isso que em dark roons das The Weeks, saunas e locais de putarias as pessoas se jogam tanto. Porque todo mundo se prende muito hoje em dia.


Enfim, entrei no Cine Republica, paguei 14R$ para entrar naquela porcaria, digo isso porque  lá estava pior que nas ruas, existiam somente pessoas mais velhas ou algo que está empesteando os locais de pegação. Gays amigos que fazem o puteiro de quarto de fofocas. Isso quebra um pouco o clima do local, ver um monte de gays rindo e falando da novela e etc.

Eu confesso que eu amo o submundo, eu tenho uma atração em andar em locais loucos e que não mereciam que eu pisassem o meu nike de parcelas infinitas rs.  Confesso que aquele local está pior que outras vezes, o local está cada vez mais sujo e com poças de agua.  Os banheiros estão nojentos e parece que somente ao tocar nas paredes seremos contaminados rs. Enfim, calamidade total!

Continua....

2 comentários: